sexta-feira, 18 de maio de 2018

Dicas de bibliografia

Quem trabalha com pesquisa sabe que duas das coisas mais difíceis para um pesquisador são: 1) identificar objetos originais de pesquisa e 2) uma vez superada esta etapa que sempre é e será um tormento, vem uma outra ainda mais difícil e penosa: a de propor metodologias e procedimentos adequados ao novo objeto. Como professor de Metodologias de Pesquisa tenho escrito diversos artigos sobre a necessidade de se encarar a etapa de definição e proposição de metodologias e procedimentos como uma oportunidade para a manifestação da criatividade do pesquisador e como uma possibilidade para o desenvolvimento de projetos mais originais e relevantes. Destaco três aqui: A pesquisa aplicada como laboratório para a produção conceitual no jornalismo digital. E Machado, Anais do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, em 2003; Um modelo híbrido de pesquisa: a metodologia aplicada pelo GJOL. E Machado, M Palacios, publicado como capítulo do livro Metodologia de pesquisa em jornalismo. Petrópolis: Vozes,2007, 199-222 e Metodologias de Pesquisa em Jornalismo: uma revisão histórica e perspectivas para a produção de manuais de orientação. E Machado, 2010, Brazilian Journalism Research 6 (1), 10-28. E a tarefa se torna ainda mais penosa e difícil quando se trata de propor projetos relacionados com inovação porque simplesmente, em nossa área, inexiste, em português, qualquer manual de pesquisa que trate conceitualmente ou apresente matrizes metodológicas indicadas para quem estiver interessado em desenvolver pesquisas aplicadas e inovação.