sábado, 30 de abril de 2011

O segredo está na formação da equipe


De nada adianta um tema de grande relevância, com uma revisão competente da literatura, um objeto de estudo bem delimitado, uma fundamentação conceitual consistente, hipóteses de trabalho instigantes, metodologia e procedimentos adequados e planejamento correto do cronograma sem uma equipe de trabalho capacitada para desenvolver o projeto de pesquisa nos prazos e condições pré-estabelecidos. Nos casos mais simples a equipe se resume ao pesquisador e ao orientador com atuação em um mesmo laboratório enquanto nos mais complexos as equipes, muitas vezes, envolvem dezenas de pesquisadores, alocados em instituições ou países diferentes. A execução de um projeto pressupõe a montagem de uma equipe de trabalho o que requer a tomada de alguns cuidados que iremos sistematizar na forma de regras básicas:

Regra 1: A existência de um líder capaz de coordenar todo o processo de produção de conhecimento proposto pelo projeto que será desenvolvido. O líder deve ter reconhecida competência científica e capacidade de gerenciar as crises muito comuns ao longo da execução das diversas tarefas propostas no cronograma. Nos projetos mais simples (iniciação científica, mestrado e doutorado) os líderes são os orientadores; nos projetos mais complexos e integrados as variáveis para a definição da liderança vão muito além da simples relações orientador-orientando, dependendo dos acordos entre as diversas instituições envolvidas.

Regra 2:  Além de uma liderança científica consolidada o desenvolvimento com sucesso de um projeto de pesquisa passa pela incorporação à equipe de profissionais qualificados para responder pelas tarefas especializadas de nível técnico ou de gerenciamento.  A conclusão de um projeto requer a execução de dois tipos de trabalhos: os científicos e os técnicos. Menos relevantes do ponto de vista científico, as tarefas técnicas são essenciais para alcançar os resultados previstos e para o término das atividades dentro dos prazos estabelecidos.

Regra3:  A necessidade de que exista entre os membros da equipe uma sintonia plena do ponto de vista dos objetivos  gerais propostos.  Os objetivos específicos podem e, na maioria da vezes, variam de pesquisador para pesquisador, mas dentro de uma mesma equipe todos devem atuar para atingir objetivos gerais idênticos.

Regra 4: A definição clara de tarefas e atribuições entre todos os membros de equipe de modo que se possa cobrar resultados e o cumprimentos dos prazos estabelecidos de acordo com o cronograma. Evitar ao máximo que a ambigüidade na designação das tarefas impeça a atribuição de responsabilidades em caso de descumprimento dos prazos ou de erros detectados ao longo do trabalho.

Regra 5: O respeito das hierarquias existentes entre os diferentes membros da equipe de trabalho. Como uma atividade de natureza coletiva, o processo de produção de conhecimento pressupõe o reconhecimento dos diferentes níveis de competência de cada um dos pesquisadores. O resultado final depende sempre de uma harmonia entre todos os participantes da equipe, cada um complementando a tarefa realizada pelos outros colegas.

Com um abraço,

Elias.

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